Peru, Trujillo - Adeus Equador. À descoberta do Peru

De Macará a Trujillo

As ondas do mar molhavam os meus pés e os do Nuno e os nossos passosmarcavam a areia escura a medida que caminhávamos. Sentia uma emoçãoestranha, uma emoção pueril ao poder sentir pela primeira vez a aguado Oceano Pacífico, a mais larga extensa massa de agua ao cimo daTerra, senti que os sonhos se materializam e que outros oceanos eoutros mares longínquos terão os meus pés desenhadosnas suas areias!

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Cuenca estava agora a muitos kilometros de distancia, e os últimos dias de pedalada haviam sido dias muito felizes. Finalmente sentia a simbiose entre mim a minha burra, o meu companheiro de viagem, o Nuno e tudo o que me rodeava. Eu e a Marina (a minha bike Marin Muirhoods) calcorreava-mos as montanhas eos desertos com pura alegria, num esforço mutuo - a minha energia utilizada nas suas peças mecânicas, como meio de propulsão em direcção aos destinos que lentamente íamos alcançando. Todo o contacto humano que havia experienciando em Cuenca me havia carregado as baterias, e com energias renovadas, foi também mais fácil harmonizar-me com o que me rodeava.

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Em Loja, a 200 kilometros de Cuenca, onde depois de 5 horas num autocarro e uma estrada sinuosa, me reencontrei com o Nuno, decidimos que ele seria o homem do leme. Parecia que ao estudar-mos mapas juntos, não nos conseguíamos entender em relação a rotas e destinos.Eu pessoalmente sentia que o equilíbrio da nossa relaçao dependia sobretudo em focarmo-nos em aspectos diferentes da dinâmica da viagem e por tal estava bastante feliz por deixar o Nuno analisar os mapas e decidir as melhores rotas. Admito que a minha passividade possa não ser ideal, mas nesta viagem prefiro deixar-me levar, ser passageira. Concluo que a minha vida em Londres se marcou por escolhas e decisoes constantes e sabe-me bem deixar as coisas um pouco ao acaso, planeando nao mais do que uma semana em avanço. E foi o Nuno que me ensinou que
o importante nao é chegar ao destino, se não vivenciar o percurso. Não desejo coleccionar bilhetes de entradas de ruínas, locais de dita atracção turística, ou kilometros pedalados...

Bússolas acertadas, o primeiro dia de ciclismo foi recompensante. De Loja saímos debaixo de um sol escaldante, montanha acima. Chegamos a Catamayo ao inicio da tarde onde comemos provavelmente a carne grelhada mais fina, mais dura e mais horrorosa da viagem - chamada cecina, que parece ser uma especialidade local (não quero imaginar que outras especialidades gastronómicas esta gente aprecia), compramos matimentos e voltamos a subir outra montanha, num verdadeiro desafio à minha determinação. Curva atrás de curva, a subida era interminável, podia observar o alcance do meu esforço em patamares, as montanhas circundantes e o vale que se afastava.

Pela primeira vez na minha viagem tivemos que admitir que não encontraríamos lugar para acampar, estávamos rodeados por terrenos cultivados bem guardados com cercas, metemo-nos carreiro adentro e pedimos numa chacra (pequena quinta com animais e terras de cultivo) se podíamos acampar. A surpresa dos forçados anfitriões foi bastante ao verem dois ciclistas naquelas paragens. Não acreditavam que viajávamos em bicicletas e não em mota, mas era óbvio que não existia nenhum motor nas nossas burras. Pusemos a tenda onde no dia seguinte viemos a entender ser o esterqueiro do porco - acordamos com os seus roncos deambulantes.

O dia seguinte acordou cinzento, e a subida que nao terminava, depois do pequeno almoço, este foi o cenário que desfrutamos. A chuva miudinha transformou-se em gotas pesadas que molhavam cada centímetro da minha pele, mas nem a chuva demovia a vontade de desfrutar a recupera da energia, conseguimos atingir a próxima e última vila do Equador, antes de chegarmos ao Peru , Cotacocha, onde pernoitamos 2 noites na esperança que a chuva abrandasse. A chuva não abrandou, e relutantes avançámos monte abaixo debaixo de chuva miudinha, que pouco a pouco se transformou em sol e vales verdes, plenamente visíveis.

Jeff

Lentamente o pequeno ponto transformou-se numa silhueta inconfundível. Subia a montanha como se carregasse o mundo na sua bicicleta. Não era o mundo que carregava mas sim 70 quilos de muitas partes suplentes, ferramentas, roupa e comida. Cada ciclista e um ser único, comnecessidades distintas.

Em Cotacocha havíamos combinado encontramo-nos com ele pelo caminho, já que haviamos escolhido a mesma rota para atravessar a fronteira.

Os olhos do Jeff são muito verdes, ás vezes azulados mas sempre tímidos. O seu cabelo comprido está queimado pelas milhares horas de sol passadas em cima da sua bicicleta. Com as suas mãos longas agarra o guiador invertido numa posição que parece desafiar a saúde da sua coluna vertebral, mas a bicicleta e a sua extensão de corpo, e foi feita a sua medida; a medida das suas longas pernas e do seu corpo esguio. A sua altura diz, é consequência dos quase 10 meses que passou no ventre da sua mãe. A sua infancia foi passada em terras de bosques. Na juventude tocava baixo e cantava numa banda de heavy metal. Este ser calmo e contido libertava-se em berros histéricos e frenéticos -a forma rápida como os instrumentos são tocados e uma das características do heavy metal, explicou-me um dia. Foi também responsável pela radio universitária onde tirou o seu curso de geografia, mas a sua grande paixão acabou por ser viajar o mundo sobre duas rodas, apesar de nunca ter viajado muito pelo mundo durante a sua juventude. Passou quatro anos em hibernação, numa existência minimalista, para poder poupar dinheiro para a sua viagem, o seu grande projecto de vida. O seu trabalho como geógrafo explica de certa maneira a forma meticulosa como planeia a sua rota. Para o Jeff as montanhas e os lugares percorridos traduzem-se em altitude, desníveis acumulados, kilometros e coordenadas. O aspecto humano nao lhe vem fácil.Quão diferente lhe devem parecer os costumes que encontra na América do Sul. O único pais que havia viajado foi Austrália.

Um dia pediu uma sopa de mariscos, o Jeff é vegetariano, mas nestes países já se convenceu que e mais fácil comer o que há...ou talvez não - ao ver os tentáculos de um camarão, um pedaço de polvo e uns berbigoes boiando no seu caldo, disse:-"Eu não posso comer isto - são baratas!" o Nuno riu-se e contente comeu-lhe as deliciosas baratas! Foi bom voltar a vê-lo na estrada. Partilhamos os últimos kilometros do Equador e as planas e longas estradas a Norte do Peru até chegar aTrujillo. Jeff esperava que o Peru fosse um pais cheio de bandidos e que todos o tentariam enganar, mas aos pouco foi também descobrindo um Peru mais humano, com paisagens bem menos perigosas e mais surpreendentes do que as antecipadas.

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A travessia da fronteira

O primeiro aspecto marcante ao atravessar a fronteira do Equador em Macará, para o Peru, foi o cheiro nauseabundo a fezes velhas secas ao sol. Tivemos que suportar o cheiro naquele posto fronteiriço por mais tempo do que seria desejado porque a roda do Jeff estava a dar problemas exigindo a mudança constante da câmara de ar. Mas tratadas todas as burocracias que envolvem a transição de um pais para outro,os meus sentidos foram distraídos por algo que acontecia no Rio Calvas, castanho e de corrente forte que faz de linha fronteiriça:crianças, algumas não mais velhas que 10 anos a lutar contra o rio rebelde nadando com bidoes de uma margem à outra. Mais tarde vim a saber que estavam a contrabandear gasolina e gasóleo, que são muito mais caros no Peru. O "olho fechado" dos guardas de ambas fronteiras chocou-me não pelo óbvio atentado às leis de circulação de bens entre países mas pela fria indiferença ao valor destas vidas que diariamente são postas em risco sem que ninguém pareça importar-se.

O mau cheiro e a pobreza é algo a que um viajante se tem que acostumar quando viaja no Peru. À volta dos coloridos mercados que se encontram em cada vila, aldeia ou cidade o cheiro intenso da miríade de frutos,vegetais e outros produtos mistura-se com o cheiro de frutos, vegetais e outros produtos em estado de putrefacção mesmo ali ao lado. Muitas vezes vi sinais pela estrada por todo o Norte do Peru apelando ao combate das moscas da fruta, mas com a quantidade de lixo que não é tratado e deixado um pouco por toda a parte parece-me que essa luta tem um vencedor inquestionável - as moscas!

E das milhares de crianças que se vêem por toda a parte a vender caramelos, a cantar nos colectivos (carrinhas transformadas em autocarros locais), a engraxar sapatos. As suas caras estão sujas, as suas roupas estão rotas e seu olhar é triste. Porque não podem ter uma existência normal? Porque não recebem carinho todos os dias? Porque não têm comida? Porque não têm sitio seguro onde dormir? Porque têm que pedir nas ruas? - Porque enquanto vivermos indiferentes nos nossos confortos diários e não quisermos assumir que o nosso conforto resulta muitas vezes no desconforto dos outros, nomeadamente em muitos produtos baratos que consumimos, nos políticos corruptos e indiferentes que elegemos, e sobretudo no estado apático e ignorante em que escolhemos viver - nada vai mudar, e continuaremos a ser em parte os responsáveis pela tristeza e falta de esperança destas crianças.

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Outros viajantes haviam-nos avisado dos perigos que nos espreitavam ao atravessar a fronteira: as notas seriam falsas até no multibanco, os bandidos que nos esperariam nas esquinas para nos roubar, o acampamento ao ar livre impossível porque seguramente nos esquartejariam a tenda, a plétora de perigos parecia infindável.

Ao quarto dia no Peru continuávamos vivos, de boa saúde e com todos os nossos haveres, chegamos a Chulucanas uma cidade com 70 400 habitantes e quando procurávamos alojamento fomos abordados por uma senhora numa moto com o seu filho que nos dizia ser professora, casada com um arqueólogo e que teriam muito prazer em receber-nos em sua casa. Seguimos a senhora meio desconfiados, onde é que nos iria levar?Aos poucos o seu sorriso contagiante, os seus olhos castanhos e doces,a voz quase infantil e o seu calor humano desvaneceram qualquer dúvida. De facto este ser luminoso e o seu marido tinham um interesse genuíno em receber-nos. A Rosita, como eu a chamava carinhosamente,era uma professora que tinha herdado um colégio privado da sua mãe, tinha dentro de si o dom da bondade e da generosidade.

Pusemos as tendas no recreio, era o período de férias escolares. O seu marido Mário, arqueólogo, trabalhava para o município fazendo o reconhecimento do património arqueológico da região e da sua promoção turística na esperança de atraír visitantes. Levou-nos na sua mototaxi a ruínas e outros locais de suposto interesse turístico e cultural,mas aos meus olhos os túmulos dos antepassados do povo Moche resumiam-se a um abstracto monte de terra indistinto dos outros circundantes. As ruínas de Piura a Velha, a primeira cidade fundada pelos espanhóis no Peru e abandonada devido aos efeitos do El Nino séculos atrás, era apenas um conjunto de muros decrépitos como os que se vêem em qualquer parte do mundo, em qualquer aldeia abandonada. Dá-me a impressão que em algumas partes, o Peru despertou muito tarde para a importância das sua herança arqueológica, no estado abandonado em que a maioria das ruínas se encontra e preciso ter uma imaginação muito grande ou estar verdadeiramente interessado na historia local para poder ver a beleza escondida em montes de pedra e muros arruinados.

Mário era em si um personagem. De olhos grandes e pele morena, mãos abertas como se quisesse receber o mundo nelas, era um homem que apreciava o seu espaço, os seus livros, e as suas descobertas arqueológicas, recuperava também achados de cerâmica e mostrou-nos os potes de cerâmica que havia recentemente reconstruído habilmente. As nossas conversas eram quase sempre monólogos, Mário divagava sobre o sentido da vida e a espiritualidade, mas muitas vezes tive que morder a língua porque algumas das suasideias e a forma como tratava Rosa, eram, a boa moda latina, chauvinistas e machistas. Uma das grandes preocupacoes de Rosa era o menu que iria preparar paraos seus hospedes no dia seguinte, as suas deliciosas comidas preparadas com tanto amor permitiram-nos viajar pelos sabores ricos da comida Peruana!Ao quinto dia partimos porque já nos parecia abuso a nossa prolongada estada. Rosita queria que ficássemos. Mais uma vez me despedi com lágrimas nos olhos com um verdadeiro aperto no coração, sentia um carinho enorme por aqueles seres, aqueles amigos, quem sabe se os verei mais alguma vez? Esta família ficará gravada no meu coração e na minha memória como marcos de que a gente Peruana é composta por gente com boas intençoes, genuína, muito acolhedora e muito amigável, mais do que de ladroes e bandidos!

Sechura, o deserto

Tudo era plano. Tudo era amarelo. Tudo era infinito: a estrada, o calor a areia. O céu azul, um ou outro camião que apitava no eco perdido da Pan-Americana. Em intervalos constantes, lia-se um sinal a indicar "Perigo de Morte - Área de Exercícios Militares", ou algo assim, a uma distância a não mais de 20 metros da estrada. Ocorreu-me: que morte triste ir-se acudir a uma chamada da natureza e padecer, por exemplo, a fazer chichi sendo alvo de uma avião militar Peruano. O Nuno queria experienciar a noite no deserto deste país mas nem eu nem o Jeff estávamos muito interessados em testar a veracidade do sinal, e como a próxima vila estava a uma distância pedalavel, o deserto como cenário de campismo iria esperar mais umas semanas e uns bons kilometros de distância do ameaçador sinal.

Interessante ver com todas as vilas e cidades no Norte do Peru na sua parte Este, foram edificadas nos vários oásis originados pelos rios que descem dos Andes deixando um fio de verde no amarelo seco quedomina a paisagem. O nosso destino final, para completar esta etapa de ciclismo eraTrujillo, a terceira maior cidade do Peru, com 768 300 habitantes, e onde esperava-mos ser recebidos por uma figura mítica entre os cicloturistas que peladam o América do Sul - Lucho.

- Hola, es possible hablar con Lucho? - disse eu uns dias antes dechegar a Trujillo, telefonando para anunciar a nossa chegada.
- Si, un momento... - ouviu-se uma voz feminina do outro lado e depoisum grito alto - Lucho!!! es para ti!
- Si, soy Lucho - uma voz rouca respondeu do outro lado da linha.
- Mi nombre es Joana y soy una ciclista de Portugal, estoy con mas dos amigos uno de Portugal, y otro de Canada, y es para saber se podemos quedarnos en su casa?
- De Portugal?! Claro que si, son los primeros ciclistas de Portugal que recibo! Y poden venir quando quieran, seran muy bien venidos.
- Bueno entonces hasta pronto, ya nos veremos breve! - respondi com omeu castelhano macarrónico.

Uns dias depois, e não da forma que nos gostaria haver chegado aTrujillo depois de tão auspiciosas pedaladas - à boleia numa carrinha 4x4 de uns engenheiros parados pela polícia e forçados a transportar-nos e ás nossas burras devido ao perigo de sermos assaltados à mao armada numa aldeia a 40 kilometros de Trujillo chamada Paijan. Chegamos a Trujillo são e salvos e ao passarmos pela tal aldeia nao conseguimos ver nada mais do que mais uma povoação como muitas outras pelas quais passamos. Quem sabe, talvez os larapios estivessem a dormir a sesta...

Casa de la Amistad é o nome que Lucho deu à sua casa, que na realidade é a casa da sua mãe, onde aluga um quarto para receber ciclistas e aventureiros afins. Por ali já passaram mais de 900 ciclistas, que vão deixando os seus relatos de histórias e as suas aventuras escritas nos livros de visitas. E de facto há de tudo, desde falsos ciclistas, a ciclistas em triciclos, ciclistas com deficiências físicas, ciclistas em tandems, ciclistas com atrelados e com crianças, e até um caminhante Colombiano pela "Paz" que ali se encontrava quando chegámos, mas que era visivelmente um ser bastante egocêntrico, que msabe se é a paz interior que busca, mais do que a paz no mundo?

Eu fui a ciclista numero 934 a ficar na Casa de la Amistad e a primeira Portuguesa!
Lucho era de facto um ser muito caloroso, baixo e muito moreno, é difícil saber a sua idade porque conserva um ar de garoto que lhe dá uma jovialidade marota. É um aficionado incontestável das bicicletas, já foi ciclista de Elite e entre os muitos biscates que parece fazer, reparar bicicletas é uma delas. Numa noite convidámo-lo e a um amigoque era músico a comer "arroz de baratas" (arroz de marisco) que eu eNuno havíamos cozinhado, e mais tarde fomos presenteados com uma sessão musical onde Lucho revelou os seus dotes impressionantes de baterista, e ninguém escapou, todos tivemos que dar a nossa contribuiçao musical, eu cantando, o Jeff tocando baixo, o amigo cantando salsa e o Nuno batendo palmas!

Aproveitei também para dar um bom miminho à minha bike (Marin Muirhoods) e deixei-a nas
mãos de Lucho para uma revisão geral e mudança de algumas peças. Depois do trabalho meticuloso chamou-lhe carinhosamente Negrita e eu acho que ela adorou, porque nos duros kilometros que se seguiram à nossa saída de Trujillo ela comportou-se como uma campeã.

Mas essa é outra historia!Em Trujillo permanecemos três semanas, muito mais do que tínhamos programado ficar, mas as noticías do mau tempo nas montanhas, que era para onde nos dirigíamos e um tratamento doloroso que consistia em injecçoes no meu pobre traseiro para curar uma reincidente infecção urinária, fizeram com que calcorreássemos as ruas de Trujillo repetidamente e descobríssemos a cidade colonial para lá dos edifícios da Plaza de Armas que estão pintados com as cores de um berrante arco-íris!

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Quem sabe se aqueles dias preguiçosos na praia de Huanchaco, um himam de surfistas e mochileiros, perto de Trujillo, seriam os últimos em que veria o Oceano Pacífico durante esta viagem? Huanchaco era uma pequena povoaçao pesqueira onde os seus habitantes se aventuravam ao mar nos totoros, embarcaçoes feitas de palha, surfando as ondas e pescando. Agora os barcos são guardados ao alto na praia, e segundo diz o guia, se os turistas desejam, podem navegar as ditas embarcaçoes com os locais, não vi nenhum totoro no mar, mas estão ali testemunhos de um passado de corajosos pescadores, desafiando as grandes e perfeitas ondas doPacifíco.

Eu e o Nuno deixámos o sol queimar a nossa pele, numa tarde passada preguiçosa à beira mar. As próximas pedaladas levariam-nos de volta aos Andes, e a chuva prometia acompanhar-nos, por isso saboreamos com gosto, o cheiro a mar, o som das ondas acariciando a areia, as gaivotas voando livres e o por do sol fotográfico do fim da tarde.

Acompanhem a minha viagem atraves dos olhos do Nuno em http://www.ontheroad.eu.com/ e do Jeff em http://www.crazyguyonabike.com/doc/jk

Peru, Trujillo, 20 de Fevreiro 2008
Joana Oliveira